S1SA1S - Sensor Acelerómetro 1D 1 V/g

Metodologias

Levantamentos dinâmicos em estruturas.

Uma das principais questões relacionadas com a estabilidade e durabilidade dos edifícios modernos e obras de infra-estruturas, como obras-primas ou locais de interesse histórico, é representada pela avaliação da resposta às tensões dinâmicas a que podem estar sujeitos ao longo da sua vida. em resultado daqueles fenómenos que podem ser contínuos ou constantes ao longo do tempo (como o efeito do tráfego de veículos, o vento numa ponte ou eventos sísmicos). Nestes casos é necessário medir com precisão tanto as velocidades como as acelerações que as estruturas podem suportar sem sofrer danos significativos. Para medir os movimentos produzidos pelas tensões dinâmicas é necessário utilizar sensores em tempo real, uma vez que a velocidade e a frequência dos movimentos são tão elevadas que exigem arquiteturas de aquisição de dados geralmente compostas por acelerómetros com características que variam consoante o objeto investigado. e ligado a sistemas de aquisição de alta resolução.

Os principais objetivos dos estudos dinâmicos de estruturas são detalhados de seguida:

• Verificar a validade do projeto e a sua posterior conformidade na execução dos trabalhos realizados.
• Caracterização dinâmica de infra-estruturas, edifícios, monumentos históricos afectados por vibrações temporárias ou permanentes induzidas por: tráfego urbano, ferroviário ou qualquer tipo de tráfego pesado.
• Resposta real das estruturas a eventos de instabilidade hidrológica ou sísmica.
• Monitorização de danos ou quebras de elementos estruturais causados ​​por vibrações induzidas
• Verificação da durabilidade projetada da obra.

Monitorização de vibrações sísmicas

As metodologias de levantamento baseadas na sísmica passiva podem ser do tipo “spot”, onde o instrumento faz um registo constante dos sinais provenientes do sensor a ele ligado, ou do tipo “trigger”.

MONITORIZAÇÃO SÍSMICA BASEADA EM TRIGGER

A monitorização de vibrações sísmicas denominada “trigger”, ou limiar, é uma das metodologias que compõem os estudos de ensaios não destrutivos (CND) e é amplamente utilizada na monitorização estrutural e estudos dinâmicos de estruturas. Os sismógrafos "autónomos" são utilizados em aquisições de gatilhos; São especificamente concebidos para monitorização sísmica contínua, onde mesmo que estejam em escuta constante, estão prontos para iniciar a gravação assim que um evento exceda o limite de disparo (tempo 0, início da gravação) definido no instrumento no momento da programação da gravação. Os sensores utilizados são geralmente do tipo triaxial com uma frequência baixa de 1,2 Hz. A utilização de vibrações de disparo sísmico permite:

• avaliar as consequências das vibrações sísmicas geradas pelo tráfego de veículos ou obras temporárias de construção nos edifícios, infra-estruturas e habitações circundantes, a fim de avaliar o seu perigo potencial para os mesmos.
• planear possíveis ações corretivas na circulação do tráfego, nas modalidades de avanço das obras, para evitar quebras, danos estruturais irreparáveis ​​ou derrocadas de edifícios em caso de obras.
• monitorizar constantemente (a baixo custo) o estado dos monumentos e edifícios de particular valor
• permitir (no início da concepção das obras e das infra-estruturas) evitar quaisquer acidentes durante a obra, decorrentes de problemas específicos do local que não possam ser detectados por qualquer outro método de inspecção.

MONITORIZAÇÃO SÍSMICA BASEADA NO TEMPO

Esta técnica é utilizada para obter informação sobre possíveis efeitos de amplificação dinâmica de ondas sísmicas “emergentes”. Baseia-se no registo do ruído de fundo no domínio do tempo e na posterior elaboração das frequências do sinal no domínio. É realizado colocando no solo um geofone tridimensional com resposta de baixa frequência e registando o ruído sísmico em diferentes janelas de tempo. Posteriormente, o estudo dos espectros obtidos a partir da convolução da frequência do sinal registado no domínio para as três componentes do movimento do solo e a aplicação de técnicas de análise espectral, permitem definir e medir possíveis amplificações sísmicas locais e a frequência sísmica. do site. As medições de microssismos também podem ser feitas em “matrizes” lineares para localização de falhas.

A monitorização sísmica é realizada em áreas sujeitas a riscos relacionados com a atividade sismogénica, adquirindo sismos ao longo do tempo e registando sismogramas. São utilizadas estações sísmicas capazes de registar em limiar ou tipo contínuo, e geofones de baixa frequência ou acelerómetros sísmicos. O registo a longo prazo de sismos relacionados com um local ou área bastante extensa permite configurar o cenário sísmico de uma área e avaliar as condições de risco e vulnerabilidade. Se a actividade de monitorização for suportada por conhecimentos geológicos e geotécnicos específicos, estamos a falar de Microzoneamento sísmico.